Curitiba-PR
Tenho a honra de servir como cavalo ao Pai Arruda da Guiné. Entidade iluminada que com a sabedoria peculiar a todos os pretos velhos e pretas velhas da Umbanda, nos ensina que quando levamos a vida com fé, honestidade, humildade, amor e alegria, muitas vezes nossa missão torna-se mais simples e menos pesada. Então, quando criamos o terreiro, não poderia deixar de homenageá-lo, dando seu nome à nossa casa. Que seu axé esteja sempre conosco! Que esta casa santa sempre seja muito humilde, mas com muita fé, amor e harmonia. E dessa forma, consigamos contribuir um pouco para a formação de um mundo melhor para todos.
O Terreiro de Umbanda Pai Arruda da Guiné nasceu junto à minha feitura como Pai de Santo em janeiro de 2019.
No TUPAG praticamos a Umbanda anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908 e também seguimos os ensinamentos da Umbanda Pés no Chão, praticada no Terreiro Pai Maneco, do qual fiz parte durante mais de 15 anos. Foi lá onde tive o privilégio de fazer parte da corrente do Caboclo Akuan e de ser filho do Pai Fernando de Ogum. Digo privilégio, pois Pai Fernando foi e sempre será muito importante em nossas vidas. Ele foi um ferrenho defensor da Umbanda e também conseguiu acabar com infinitos mitos relacionados a ela. Seus ensinamentos sempre serão seguidos e respeitados em nossa casa.
É verídica a afirmação de que cada Pai ou Mãe de Santo dirige os trabalhos e rituais à sua maneira. A Umbanda tem Lei e fundamentos, mas não é uma religião codificada, o que na minha opinião é ótimo, pois a liberdade quando bem utilizada nos proporciona o ensinamento contínuo através da experiência compartilhada pelos Espíritos. Eles nos ensinam e apenas Deles recebemos ordens. Não existe certo ou errado dentro da ritualística da Umbanda, desde que o bem, o respeito, a ética, a moral e os bons costumes prevaleçam. Mas é claro que cada dirigente acaba seguindo os passos dos seus antecessores e formadores, afinal nossas raízes mais tradicionais sempre devem ser conservadas. Meu respeito, meu sincero agradecimento e meu pedido de mucuiú aos Pais e às Mães de Santo que contribuíram para a minha formação:
Saravá Pai Fernando de Ogum! Sempre presente em nossas vidas.
Saravá Pai Fausto de Iemanjá!
Saravá Pai Beco de Oxóssi! Sempre presente em nossas vidas.
Saravá Mãe Lucilia de Iemanjá!
Saravá Mãe Tifanny de Ogum!
Saravá Todos os Pais e Mães de Santo da Umbanda!
Saravá Todos os Terreiros de Umbanda!
Durante minha caminhada na Umbanda e na vida aprendi que menos pode ser mais; que a beleza da simplicidade é insubstituível; que não se faz caridade esperando alguma recompensa; que a vida é muito curta e por isso não vale a pena cultivarmos inimizades; que não devemos desejar ao outro aquilo que não queremos para nós; que não é nossa atribuição o julgamento de quem quer que seja; que os Orixás e os Guias não resolverão nossos problemas cotidianos, mas sim, nos orientarão sempre, para que encontremos o melhor caminho para a solução; Que o livre arbítrio é sagrado e sempre deverá ser respeitado; que nenhum filho da corrente é mais ou menos importante que o outro, mas sim, que todos somos essenciais; que a assistência e os visitantes sempre serão tão importantes quanto nossa corrente; que a fé, a disciplina, a humildade e o respeito às regras formam o único caminho possível ao bom desenvolvimento mediúnico; que qualquer forma de vida sempre deverá ser preservada; que a natureza provê o necessário; que todos buscamos nossa evolução espiritual; que os outros Terreiros de Umbanda não são concorrentes, mas sim, casas de luz combatendo a escuridão, assim como nós; e que todas as religiões devem ser respeitadas, afinal, o objetivo principal é comum.
Essa é nossa essência, é assim que procuramos seguir, é assim que trabalhamos. Praticamos a Umbanda simples e humilde, como ela deve ser.
Saravá o TUPAG!
Saravá a Umbanda!
Pai Luiz de Oxóssi.
Entidades que trabalham com Pai Luiz de Oxóssi:
Preto Velho: Pai Arruda da Guiné.
Preta Velha: Vovó Rita.
Oxóssi: Caboclo Folha Verde.
Ogum: Caboclo Jatobá.
Xangô: Caboclo da Cachoeira.
Erê: Andrezinho.
Boiadeiro: Boiadeiro Tobias.
Cigano: Cigano Manolo.
Malandro: Sr. Zé Pelintra.
Baiano: Sr. Zé do Côco.
Marinheiro: Sr. Chico Jangadeiro.
Exús: Sr. Caveira e Sr. Giramundo.
Pombagira: Dona Maria do Farrapo.
Se você tem alguma dúvida, pergunta ou necessite de algum esclarecimento, entre em contato conosco através deste formulário, teremos prazer em lhe responder com a maior brevidade possível.